Editora Peirópolis: há 15 anos contribuindo com a literatura on line

Por Lúcia Karam

A Editora Peirópolis, de São Paulo, já apresentava um diferencial no seu catálogo em 2002, quando começou a publicar livros eletrônicos. Uma das parceiras da Plataforma Elefante Letrado, contribui com 22 livros para o acervo, entre eles, Poemas de brinquedo, em formato de cartas impressas, epub e aplicativo gratuito.

“O que nos atraiu na proposta da plataforma foi a existência de uma curadoria editorial experiente aliada a um modelo de negócio que traz um novo público para os livros digitais infantis e novas possibilidades de leitura compartilhada”, diz Renata Farhat Borges, que dirige a editora com André Carvalho.

Paralelamente ao desenvolvimento de conteúdos transmídia, a Peirópolis iniciou a digitalização de seu catálogo nos formatos digitais epub e KF8. Os epubs infantojuvenis são para Ipad, mas os aplicativos podem ser usufruídos também em smartphones. Ao todo, são cerca de 100 livros digitais em formato epub e KF8, além de aplicativos.

A literatura infantil, a escolha de livros informativos e a formação do leitor são traços editoriais da Peirópolis. Um exemplo é a coleção Clássicos em HQ, também disponível na AppleStore e no GooglePlay a versão em epub do catálogo para baixar gratuitamente.

“A coleção proporciona aos artistas brasileiros, leitores da contemporaneidade, compartilhar suas leituras imagéticas de obras que fizeram parte de sua formação literária. O resultado é uma grande diversidade estilística, gráfica e literária, que vem sendo cada dia mais reconhecida, inclusive com a ajuda de suas versões digitais”, explica a editora.

Livro digitalizado da Editora Peirópolis "De onde vem o português?" de Susana Ventura e ilustrado por Silvia Amstalden, na Plataforma Elefante Letrado

Livro digitalizado da Editora Peirópolis “De onde vem o português?” de Susana Ventura e ilustrado por Silvia Amstalden, na Plataforma Elefante Letrado

 

Renata conta sobre a opção de publicar livros eletrônicos:

“Os primeiros livros eram sobre meio ambiente, educação e desenvolvimento social. E os primeiros eletrônicos infantis foram publicados em 2004, em formato de aplicativo. Foram eles: Crésh, de Caco Galhardo, um flipbook que reproduz a narrativa sequencial do livro impresso, e Meu tio lobisomem, de Manu Maltez, com trilha sonora, narração do autor, e animações artísticas. Mais recentemente publicamos A trilha, apenas em formato aplicativo gratuito.

Sentimos falta de um canal de mediação de leitura para esses livros-aplicativos. Eles acabam ficando perdidos nas lojas de apps. Não surgiu nenhum modelo de negócio que levasse em conta essa produção experimental que se fazia na época com o empacotamento do livro no formato aplicativo. Os tais enhanced books, em formato de aplicativo, acabaram não tendo o público leitor esperado.

Com a digitalização de seu catálogo nos formatos digitais epub e KF8, passamos a distribuição para a Bookwire nas lojas da Apple, Kobo, Google e Amazon. Estamos satisfeitos com o crescimento da visibilidade do catálogo. Acreditamos que o digital amplifica nossa capacidade de divulgação.

Muitos livros da Peirópolis já foram vendidos para bibliotecas públicas brasileiras por meio dos programas federais do livro, temos versões em MecDaisy de vários deles, bem como temos preparado versões especiais para alunos de escolas particulares com algum tipo de deficiência visual. Além disso, todas as vezes em que se pensa no conteúdo multimídia, entendemos estar ampliando as camadas e possibilidades de leitura.

Acredito que o digital veio para conviver com o livro impresso, fazendo pontes entre conteúdos e práticas de leitura. Assim, dadas as características de nosso país: grandes distâncias geográficas, sociais e culturais, o livro eletrônico pode, sim, ajudar a espalhar bons conteúdos, literários e informativos, para o Brasil afora, e assim, despertar novos corações e inteligências. Pela experiência que temos tido, há público novo para o livro eletrônico e, sim, o digital acaba levando a Peirópolis para mais longe, para mais gente.”

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