Mônica Timm de Carvalho – “A leitura necessita de intencionalidade”
Mônica Timm de Carvalho, CEO do Elefante Letrado, fala sobre a avaliação da leitura e os benefícios da tecnologia na aceleração da compreensão leitora. À frente da Plataforma desde 2016, a especialista em Gestão Empresarial e Mestre em Gestão Educacional vem tendo uma incansável atuação para disseminar o desenvolvimento da compreensão leitora de crianças na etapa escolar, incluindo o apoio aos professores e gestores pedagógicos. Aqui ela explica como são feitos os diagnósticos do aprendizado e a avaliação do desempenho do aluno.
– Como fazer para que a avaliação da leitura seja tratada como indicador do processo de aprendizagem e não como mero procedimento de medição e classificação final?
Mônica Timm: Primeiramente, é preciso entender que a leitura, por não ser uma aprendizagem natural, necessita de um trabalho com alta carga de intencionalidade para que possa acontecer a bom termo. Um trabalho assim exige conhecimento técnico de quem ensina e indicadores sobre o processo de quem aprende. Do contrário, dificilmente será possível provocar e perceber a formação das habilidades mais complexas ligadas à leitura. Difícil imaginar um trabalho pedagógico consistente e efetivo que não seja à base de uma avaliação permanente do processo de aquisição da língua escrita.
A avaliação, quando instrumento de acompanhamento do processo de aquisição da língua escrita, permite que os professores façam as melhores escolhas didáticas para o desenvolvimento das competências leitoras.
Antes de classificar o aluno, o propósito da avaliação é dar pistas ao professor sobre os focos nos quais deverá intervir. Somente assim será possível garantir a aprendizagem dos alunos nos níveis em que são propostos no plano pedagógico do professor.
– Que elementos devem ser observados para melhorar o processo de avaliação? Quais são os critérios?
Mônica Timm: Avaliações devem ser feitas com base em evidências. Definidas as expectativas de aprendizagem (objetivos), o passo seguinte é o estabelecimento das manifestações esperadas em cada estágio de desenvolvimento dos alunos. No caso da aprendizagem da leitura, essas manifestações poderão estar no âmbito da aquisição da consciência fonológica (estabelecimento da relação entre fonema e grafema), da fluência na leitura (velocidade e correção) ou ainda circunscreverem-se às habilidades e competências relativas à compreensão leitora (“ler o que há nas linhas, nas entrelinhas e o que há por detrás das linhas”). Essas últimas são, sem dúvida, aprendizagens mais complexas – e os focos da Plataforma de Leitura Elefante Letrado.
– Que condições de avaliação existem na Plataforma?
Mônica Timm: A Plataforma de Leitura Elefante Letrado apoia o professor na avaliação processual, indicando quais descritores referentes às habilidade de leitura podem ser considerados como critérios de avaliação. São três as habilidades avaliadas: 1) identificação das informações explícitas no texto; 2) estabelecimento de relações entre partes do texto; e 3) realização de inferências sobre as informações do texto. Por meio de perguntas sobre as obras lidas pelos estudantes, a plataforma fornece indicadores sobre o grau de apropriação dos alunos sobre os textos de diferentes gêneros. Esses indicadores servem de base para o replanejamento da intervenção pedagógica do professor durante todo o processo de aprendizagem do aluno.
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