Infância conectada: desafios e oportunidades no desenvolvimento de competências digitais
Com o avanço acelerado da tecnologia, o letramento digital tornou-se uma competência indispensável para navegar no mundo contemporâneo. Dominar as ferramentas digitais vai além de interagir com redes sociais e aplicativos; é necessário desenvolver habilidades que englobam lógica, escrita e comunicação oral. Essas competências são essenciais para realizar tarefas importantes na sociedade atual, como redigir textos e utilizar funções básicas de computadores. Contudo, a nova geração demonstra uma familiaridade desequilibrada com essas tecnologias: enquanto são proficientes em entretenimento digital, encontram dificuldades em ações simples, como digitação e organização de trabalhos escolares. Essa lacuna evidencia a necessidade urgente de repensar o que significa ser letrado digitalmente.
Embora as telas possam potencializar as relações humanas e ampliar o acesso à informação, seu uso desregulado tem gerado impactos negativos nas interações sociais de crianças e adolescentes. A socialização entre os jovens tem mudado profundamente, com interações presenciais sendo substituídas por experiências virtuais. O que poderia ser uma ferramenta poderosa de aprendizado muitas vezes se transforma em um catalisador de compulsões, e o que deveria estimular a criatividade acaba por se tornar um instrumento de distração e dependência.
Dados alarmantes do período entre 2010 e 2020 indicam uma deterioração significativa da saúde mental de crianças e adolescentes, com aumento no diagnóstico de depressão e ansiedade em faixas etárias cada vez mais jovens, incluindo crianças de 8 a 12 anos. Estudos da American Psychological Association (APA) correlacionam esses problemas a fatores como privação social, sono insuficiente, fragmentação da atenção e dependência de dispositivos eletrônicos. Pesquisas sugerem que o uso excessivo de telas na primeira infância, especialmente entre 2 e 5 anos, não apenas influencia comportamentos imediatos, mas pode alterar permanentemente a estrutura cerebral em desenvolvimento. Esses efeitos preocupantes moldam a interação das crianças com o mundo, impactando sua capacidade de concentração, regulação emocional e desenvolvimento social.
Esse cenário destaca a necessidade de um letramento digital abrangente, com mediação profissional que vá além do entretenimento e inclua o trabalho intencional para desenvolver habilidades essenciais, como demonstrar familiaridade com a linguagem digital, fazer uso eficaz do computador e saber lidar com as vulnerabilidades de segurança em ambientes virtuais. Embora muitos educadores assumam que os estudantes são digitalmente letrados por estarem sempre conectados, muitos jovens desconhecem tarefas básicas, atalhos, ferramentas como Word e Excel, mecanismos de pesquisas, e não sabem distinguir notícias falsas de verdadeiras ou reconhecer riscos online, o que prejudica seu desempenho escolar e limita seu desenvolvimento pessoal e profissional. Assim, a tecnologia, quando usada de modo consciente, pode ser uma aliada na educação e nas relações sociais, desde que as escolas, as famílias e os educadores trabalhem juntos para ensinar um uso equilibrado, estabelecendo limites de tempo de tela e incentivando interações no mundo real, promovendo o equilíbrio entre a vida no ambiente digital e na presencialidade das relações interpessoais.
O letramento digital é uma necessidade no mundo atual, devendo ser acompanhado por uma educação crítica e por relações humanas significativas. O uso excessivo de dispositivos não apenas agrava problemas emocionais e sociais, mas também interfere na atenção e no sono das crianças. Quando bem direcionadas, as telas podem se tornar ferramentas poderosas para ampliar o conhecimento e estreitar laços. É essencial garantir que a tecnologia seja utilizada para promover o bem-estar e fomentar a curiosidade, e não como um obstáculo ao desenvolvimento integral. Encontrar esse equilíbrio é crucial para crianças e adultos, que devem aprender a navegar no mundo digital sem perder de vista a importância das conexões humanas e do aprendizado significativo. Proibi-la totalmente é inviável, pois nossa sociedade é tecnológica. Portanto, o futuro da convivência social e da saúde mental das próximas gerações dependerá, em grande parte, da capacidade de integrar a tecnologia de forma saudável e consciente no cotidiano.
Por que o Elefante Letrado é seguro e adequado para crianças e jovens?
O Ambiente de Aprendizagem da Leitura Elefante Letrado tem sua arquitetura pedagógica e a curadoria de suas bibliotecas concebidas por educadores. A tecnologia passou por avaliação do Ministério da Educação (MEC), tendo sido integralmente aprovada quanto aos quesitos “aderência à BNCC, qualidade pedagógica, acessibilidade e segurança”.
A recomendação de uso da plataforma é para alunos a partir dos 3 anos de idade, com sugestão de 20 minutos diários de interação com o acervo digital. Dessa forma, não há qualquer evidência que coloque em questão a adequação dessa tecnologia educacional ao trabalho de letramento com crianças (a partir dos 3 anos) e jovens. Já as evidências do impacto dessa tecnologia para a aprendizagem da leitura, bem como para a ampliação do repertório cultural dos estudantes, são visíveis e comprovadas. Isso faz com que o uso desse tipo de recurso seja mandatório para uma vida produtiva no século 21. No entanto, é fundamental que a família acompanhe o uso de telas fora do ambiente escolar, para evitar que o tempo de exposição e um eventual contato com conteúdos inadequados possa acarretar prejuízos aos jovens usuários.
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