Colégio Marista Medianeira: o tempo de pandemia não impediu a reinvenção das salas de aula
“Tornar os recursos tecnológicos como aliados do professor para que as aprendizagens aconteçam foi o grande aprendizado para nós, educadores”
afirma Rosani Demarco, coordenadora pedagógica do Colégio Marista Medianeira, de Erechim
Presente há 85 anos na educação de crianças e jovens da cidade gaúcha de Erechim, o Colégio Marista Medianeira, há mais de três anos, passou a também integrar ao seu projeto pedagógico a promoção do letramento em ambiente digital, ampliando, assim, o contato dos estudantes com diferentes portadores de texto.
O destaque às práticas de leitura tem sido uma marca dessa escola desde a sua fundação. Seus alunos são reconhecidos pela aquisição de significativa bagagem cultural, um processo evidenciado pela intensa frequência à biblioteca. Com toda essa tradição de valorização à leitura, era de se esperar que nem mesmo os tempos de pandemia iriam impedir o Marista Medianeira de sustentar um de seus maiores propósitos.”Manter boas práticas de leitura nesse período do afastamento foi uma preocupação desde o início. O planejamento previu o encaminhamento de atividades que incluíam como proposta semanal um horário de leitura. Hoje, esse horário acontece nas aulas online[ ], e o grande recurso que nós tivemos, que nos assessorou, que nos deu um respaldo e que nos ampara foi e é a plataforma do Elefante Letrado“, relata a coordenadora pedagógica dos Anos Iniciais, Rosani Demarco. Para a coordenadora, a leitura é um pilar fundamental na aprendizagem:
“Nós sabemos que todos estão como uma biblioteca em casa. Se não tivéssemos esse recurso, certamente nós sentiríamos essa lacuna. Entendemos que toda aprendizagem, por estar inscrita na linguagem, sai do texto e volta ao texto, na leitura dos diferentes gêneros textuais. Isso é de fundamental importância para a criança poder desenvolver a sua competência leitora e as habilidades linguísticas previstas no componente da Língua Portuguesa e, mais amplamente, favorecendo a construção do conhecimento nas demais áreas”.
Sempre tendo por perspectiva manterem-se ligados aos estudantes, os professores planejaram, para o período da pandemia, sequências didáticas que permitissem realizar boa parte das interações que aconteceriam no espaço-tempo da escola, tais como as problematizações que estimulam os estudantes à ampliação de seu universo cultural. Para que isso pudesse acontecer, semanalmente alguns livros são indicados pelo professor, no seu próprio Plano de Ensino.
Há também espaço para que a criança leia livros de sua livre escolha – e tudo isso pode ser acompanhado por meio dos relatórios disponibilizados pelo Elefante Letrado. “Percebemos que essa dinâmica manteve o vínculo dos estudantes com a escola. E mais: devido ao pouco tempo das famílias para acompanharem seus filhos em todas as tarefas, muitas optaram pelo acompanhamento da leitura”, destaca Rosani.
Por fim, a coordenadora sublinha que a maior aprendizagem de sua equipe pedagógica foi a efetiva integração das novas tecnologias às práticas docentes. Segundo ela, é possível dizer que foi a necessidade de inventar uma nova forma de interagir com os estudantes que resultou na efetividade da adoção de práticas inovadoras com o uso de tecnologias educacionais, algo há muito desejado pela Escola.
No retorno às atividades presenciais, as tecnologias sendo aliadas do professor será um legado a ser mantido.
“Certamente, a Plataforma de Leitura Elefante Letrado vai ser a nossa biblioteca de maior acesso devido à necessidade de novos cuidados sanitários, os quais demandam maior atenção com tudo aquilo que é socializado”, sublinha Rosani.
Ela também destaca que o empréstimo dos livros físicos da biblioteca precisará ficar mais restrito, por certo tempo não acontecendo com tanta frequência, “mas nos tranquiliza saber que seguiremos contando com esse recurso digital de promoção e valorização da leitura”, finaliza.
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