Colégio Soledade trabalha a “cidadania digital”, valorizando leitura e tecnologia.
O Colégio Soledade, de Paulista, possui um forte comprometimento na formação do cidadão para além do ensino do conteúdo programático. A escola, localizada no município do litoral pernambucano a 18 quilômetros da capital Recife, coleciona prêmios, acredita na autonomia do aluno e investe na tecnologia e nos jogos como “ginástica cerebral.”
Para interagir mais com o aluno pelo meio digital, este ano foram implantados o Google For Education e o Elefante Letrado, quando a estrutura física da sala digital foi totalmente reformada, com reforço na distribuição dos suits e aquisição de 26 chromebooks, que são utilizados com 12 desktops. A valorização à tecnologia e à leitura é tanta que o Colégio Soledade presenteou com medalhas os alunos que ganharam o Certificado de Leitura do Elefante Letrado – dado a quem atingir um alto índice de leitura, com pelo menos 20 livros para os níveis 1,2 e 3, e 30 livros para os níveis 4 e 5, em um trimestre. Foram 8 medalhas no total do 1º tri, uma para cada turma, com o critério do percentual de livros lidos.
Até o dia 31 de julho, a média de livros lidos era de 33,10. Mas, segundo a coordenadora-geral do Colégio Soledade, Magda Negromonte, a entrega dos certificados e as premiações em agosto estimularam os demais estudantes e, em 4 de setembro, apenas pouco mais de 30 dias depois, esta média subiu para 55,29 livros lidos.
O Colégio Soledade utilizava outra plataforma que também incluía jogos e relatório geral das habilidades do aluno. De acordo com a coordenadora, a experiência foi boa, mas os livros não foram atualizados e havia pouca interação com o professor. “Daí a nossa busca por uma plataforma de leitura como o Elefante Letrado. Ano passado, a antiga plataforma renovou o catálogo do projeto mas, como já conhecíamos o Elefante, vimos que o ganho pedagógico seria mais efetivo. Afinal, estamos falando de uma geração de alunos nativos digitais, sempre ávidos por tecnologia e precisam apensas de um direcionamento em meio ao turbilhão de informações que recebem atualmente”, completa.
A instituição de ensino conheceu a Plataforma na Feira Bett Educar, em 2016, e no ano passado realizou um projeto piloto com todos os alunos do 1° ao 5° ano para que os estudantes, professores e responsáveis pudessem conhecê-la na prática. Ferramentas digitais fazem parte da rotina escolar do Colégio Soledade, quando também é trabalhada a cidadania digital. “A tecnologia e, sobretudo as facilidades advindas com a internet, podem e devem ser utilizadas para fins acadêmicos e, assim aproveitamos ainda para trabalhar a cidadania digital, afinal, não adianta ser conectado e não saber portar-se na rede”, explica Magda.
Com formação em Ciências Sociais e Jornalismo, a coordenadora do Colégio Soledade conta que o estabelecimento busca dar protagonismo aos estudantes aplicando metodologias ativas. “Em sala de aula, o aluno deve ser o centro do processo de aprendizagem e o professor, um facilitador, sobretudo diante da grande quantidade informações advindas com a tecnologia. O aluno também produz conhecimento e troca seus saberes tanto com os colegas quanto com os professores”, afirma. “Assim como todos os aspectos da vida social, a educação também mudou e a escola precisa acompanhar os novos anseios e desafios da sociedade. Hoje o aluno não é um mero observador, mas sim um produtor do conhecimento. Afinal, diante das constantes transformações, precisamos ter alunos capazes de aplicar, na prática, o conhecimento que adquire ao longo da vida escolar.”
Dentro dos segmentos da Educação Infantil e Ensinos Fundamentais 1 e 2, são 450 alunos divididos em 19 turmas, do maternal 1 ao 9º ano do Ensino Fundamental. Desses 450, 225 utilizam a plataforma Elefante Letrado, em 8 turmas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental 1.
“Há alguns anos percebemos que é impossível dissociar tecnologia e educação, pois as crianças e os adolescentes, assim como os seus próprios pais, estão cada vez mais conectados, mas, ao mesmo tempo, focados principalmente em redes sociais. Acreditamos que se a criança passar a perceber que a internet e os aparelhos eletrônicos também são uma excelente fonte de estudo, conseguiremos ter adultos mais conscientes e preparados digitalmente”, completa a coordenadora, ela mesma uma ex-aluna.
Jogos e outras atividades
O Colégio Soledade possui também na Educação Infantil duas aulas semanais de natação e uma de culinária experimental intercalada com circuito de psicomotricidade. Já os alunos do Ensino Fundamental 1, possuem uma aula de natação, outra de Educação Física, além do Elefante Letrado e do Supera. Além das aulas, os alunos podem usufruir de toda a infraestrutura, que envolve quadra coberta, parque, salão de jogos, salas de aula 3D, brinquedoteca (onde funciona a sala de leitura), sala digital e sala da ginástica para o cérebro.
“Acreditamos que os jogos são uma excelente proposta pedagógica, tanto do ponto de vista cognitivo quanto de socialização. Em cada projeto que realizamos ou investimento que escolhemos, temos sempre em mente o pilar da ginástica cerebral: novidade, variedade e desafio crescente”, conta Magda. Além de um salão de jogos que é utilizado nos intervalos, a escola tem um laboratório de jogos voltados para neuroeducação, com todos os materiais selecionados pelo Método Supera, onde é possível vivenciar as múltiplas inteligências conforme Howard Gardner, sobretudo a lógico-matemática e a interpessoal. São cerca de 300 jogos, além de aulas de Soroban, um ábaco japonês com o qual os alunos aprendem a calcular.
Letramento
O projeto de leitura inclui uma brinquedoteca, onde também funciona a sala de leitura gibis e livros infantis e juvenis. Magda conta que o uso do Elefante Letrado ajudou a despertar a leitura do livro físico neste ambiente da escola.
“Uma grande parcela dos alunos, ao entrar nesta sala, costumavam ir direto ao armário de jogos; hoje, uma quantidade cada vez mais expressiva de estudantes seguem para as estantes de livros e gibis. Assim, a leitura vai se tornando um hábito, sobretudo, prazeroso.”
O Colégio Soledade investe ainda em aulas de linguagem e raciocínio lógico-matemático desde o Maternal 1. Além da professora e sua auxiliar, há outra educadora para “tomar” a leitura dos alunos do Jardim 2 e do 1º ano, carinhosamente chamada de “tia da Leitura”.
“Acreditamos que o caminho para um aluno motivado é sua autonomia ao estudar, assim, ele mesmo passa a buscar seus próprios desafios, inclusive na sua rotina, sem precisar que o professor ou seus pais ordenem qualquer atividade. É comum termos alunos já com 5 anos lendo livros, inclusive com as chamadas dificuldades ortográficas, mas, para tal resultado, é fundamental o acompanhamento diário da família”.
Experiências de Letramento
“Assim, do 1º ao 3º ano, temos o letramento de modo efetivo, por isso o investimento no Elefante Letrado. Não é à toa que os estudantes certificados pela plataforma são de tais turmas. Durante esses três anos, o aluno deve focar em suas habilidades de leitura e interpretação para que possa se desenvolver com autonomia nas demais disciplinas além da Língua Portuguesa.”
“Nos 4º e 5º anos, buscamos, aprofundar esse nível interpretativo, haja visto que hoje, já a partir do 5º ano, o aluno já pode realizar concursos, como para colégios militares e de aplicação, além de outros projetos escolares. Afinal, preparar um estudante para as atuais provas dos institutos técnicos federais e estaduais, além do Exame Nacional do Ensino Médio e dos vestibulares, é um trabalho que deve começar desde a Educação Infantil, os devidos estímulos, bem como pelo Ensino Fundamental com o amadurecimento de conteúdos e habilidades voltadas para o letramento.”
Prêmios
O projeto “Cultura Pernambucana pede passagem: Colégio Soledade no trânsito”, composto por aulas semanais de Educação para o trânsito dentro da grade curricular, ganhou os prêmios Volvo de Segurança, Detran-PE e Denatran. Outros destaques como grupo de dança e apresentações científicas em congressos e feiras, deram títulos para pesquisador, educador, aluno e estabelecimento de Ensino e Empresa Cidadã pelo Sebrae-PE.
Avanços
Foi notado um crescimento global no aluno nas demais disciplinas, para além da língua portuguesa, a partir da utilização da plataforma do Elefante Letrado. Sobretudo após os estímulos acerca da possibilidade de receber a Certificação de Leitura, foram perceptíveis avanços significativos nos estudantes em todos os aspectos: alfabetização, fluência da leitura, compreensão leitora e produção de textos. Há alunos do 1º ano do Colégio Soledade, por exemplo, que estão em níveis acima do esperado, facilitando seu processo de alfabetização e fluência. Nos 2º e 3º anos, foi possível colocar textos mais densos em suas avaliações, comparados aos utilizados no 1º semestre. “Nos 4º e 5º anos a produção textual passou a ser menos penosa para muitos, uma vez que o contato semanal com textos literários deixou os discentes mais confiantes”, conta Magda.
Um exemplo é o aluno Carlos Alberto Menezes, que começou a estudar na escola em 2018 cursando o 2º ano pela segunda a fim de que seu processo de letramento fosse, realmente, eficaz. Já no início do segundo semestre, Carlos foi o aluno do 2º ano B que mais leu livros nos dois primeiros trimestres, 72 no total. Por isso, além de receber a dupla certificação do Elefante Letrado, recebeu a medalha pelo seu desempenho. Para a mãe de Carlos, Camila Menezes, “a plataforma digital Elefante Letrado tem sido muito importante para o filho, pois ele se identificou bastante pelas mídias digitais e desenvolveu sua leitura”.
Ao final do ano, serão realizadas outras premiações com o critério por pontuação da plataforma, mas com foco na realização das atividades e no desempenho de cada habilidade leitora.
Os alunos premiados foram, no Colégio Soledade, Ravi Lucas de Oliveira e Silva (1º A), Pedro Vitor Paiva Barbosa (1º B), Wellen Cecília Gomes de Vasconcelos (2º A), Carlos Alberto Menezes de Souza (2º B), Alêssa da Silva Gomes (3º), Caio Muller Silva da Rocha (4º A), Leticia Camila Silva de França (4º B) e Tito Flávio Barreto Araújo (5º). Com destaque para os alunos do 1º ano A Ravi Lucas de Oliveira e Silva, com 155 livros lidos, e Rauan Vitor da Silva Santos, que não recebeu a medalha pela diferença de apenas 1 livro, pois havia lido 154. No 1º trimestre, 17 alunos receberam a certificação de leitura, no 2º semestre, foram 25.
Relatórios
Com o uso da Plataforma, por meio da observação direta, está sendo possível traçar um panorama mais detalhado de cada estudante, a fim de auxiliá-lo em suas dificuldades. Este semestre haverá um treinamento para acesso a relatórios mais detalhados acerca das habilidades leitoras de cada estudante e, assim, realizar um planejamento individualizado. “Afinal, apesar de a educação escolar ser coletiva, ela precisa ser flexibilizada para que possamos atender à todos indistintamente; a escola não deve ser simplesmente integrativa, mas sim inclusiva, em todos os seus aspectos e não apenas aos portadores de deficiência e do Transtorno do Espectro Autista, pois alunos com dislexia, discalculia e disortografia, por exemplo, também precisam ter o devido atendimento”, afirma Magda.
Já foram percebidos alunos mais autônomos e confiantes em si, respondendo atividades e avaliações “mais longas” e contextualizadas, com mais facilidade. O objetivo, com acesso ao relatório, é ter resultados mais detalhados da proficiência de cada um deles em cada descritor.
“Como nos coloca Charles Durigg, os nossos hábitos têm poder. Então, se começarmos a estimular a leitura desde a infância, ela se tornará um hábito e não um “fardo”, como ocorrem com muito adultos na atualidade, que estão cada vez mais ávidos apenas por rede social. Queremos preparar nossos estudantes para desafios que nem eles nem nós sabemos que existem. Afinal, uma grande parcela das profissões que hoje existem, surgiram há apenas 12 anos ou menos, e quem sabe como estará o mercado daqui há 10 anos? Ou seja, é preciso estar preparado para a oportunidade assim que esta surgir. Mas, para ser um profissional eficaz, é necessário ser um estudante e uma pessoa eficaz, logo, com hábitos saudáveis”, finaliza Magda.
Professora Éricka França, do 1º ano A e 5º ano
O Elefante Letrado tem sido uma ferramenta maravilhosa para o progresso de ensino-aprendizagem. Os discentes têm demonstrado um amor a leitura após o uso da plataforma, sem falar no que as mesmas propõem no quesito imaginação e criatividade.
Esta ferramenta contribuiu muito no letramento com a minha turma do 1°ano, pois têm auxiliado tanto aos pais quanto aos professores na compreensão e interpretação de texto. A ilustração e os efeitos dos livros digitais têm despertado interesse e motivação nos pequeninos para o mundo mágico da leitura. E assim tem colaborado para a formação de futuros cidadão ativos e críticos na sociedade.
No 5°ano, a plataforma não só possibilitou o acesso das crianças aos livros, “coisa” essa vista, como antiga, como também fez algumas delas redescobrir o amor pela leitura. Foi perceptível também a evolução dos alunos, na escrita devido a leitura, como também em interpretação textual. Tal melhora na interpretação de texto auxiliou no desenvolvimento das demais disciplinas, pois trabalhamos com contextualidade e situações-problemas, onde, para realizar as atividades, é necessário compreender o conteúdo lido e os problemas apresentados. E o quiz do Elefante Letrado tem proporcionado tais habilidades. Logo, um grande diferencial da plataforma é ter, não apenas livros, mas, sobretudo, as atividades, sempre atreladas às habilidades.
Outra riqueza desta ferramenta são os assuntos transversais tratados nas literaturas, onde permite que os alunos se reconheçam e assim realizem a práxis, tornando-os sujeitos ativos e colaboradores nas comunidades em que estão inseridos, sejam na família, na escola, na igreja ou nos grupos de amigos.
Encerro compartilhando outro ponto positivo do Elefante Letrado para as escolas parceiras, muitos dos seus livros despertam interesses dos estudantes na produção de projetos, pois muitos dos meus alunos, após lerem um livro, h para mim e dizem: ‘tia, por que a gente também não faz isso aqui na escola?’. E, para nós professores, esses livros despertam e mostram a importância da realização de projetos, ideias e, às vezes, até mostram como planejá-los.
Considero-me privilegiada de poder utilizar esta ferramenta em minhas turmas e ter o privilégio de observar a analisar a evolução contínua em meus alunos de maneira individual e processual. O Elefante Letrado tem sido uma mola propulsora no processo de ensino-aprendizagem, seja com a contextualização dos temas trabalhados, seja no uso da tecnologia para a construção do saber.
Aluno Tito Flávio Barreto Araújo, Medalhista do 5º ano
O Elefante Letrado tem despertado minha imaginação com os vários contos. Já com os livros de curiosidades tenho aprendido várias coisas legais, com os de humor, fico rindo muito, as histórias são engraçadas. A plataforma fez com que eu prestasse mais atenção no que eu lia, por causa das atividades após a leitura
Vilma Barreto Araújo, Mãe do aluno Tito Flávio
O Elefante Letrado tem estimulado meu filho a ler mais e a ficar mais atento na leitura por causa das atividades. Também fez ele descobrir os poemas rimados e começar a fazer. Tem aumentado o vocabulário dele, estimulando a pesquisar palavras desconhecidas. Só tenho a agradecer por este incentivo.
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