Crianças e literatura

Outubro é o mês da criança! Agora, respondam bem rápido: quando pensam em crianças, que ideias vêm à mente? Se a resposta de vocês foi: alegria, sorriso, afeto,
aconchego, família, curiosidade, brincadeiras, descobertas e final feliz, acertaram!

Mas… só em parte. Não podemos nos esquecer de que qualquer criança também vive aquele outro lado da experiência humana que nós, os adultos (!), não gostamos de encarar, de discutir ou… de ler a respeito. Preferimos deixar para pensar em temas “delicados” ou “difíceis” em um outro momento, num outro contexto, não é mesmo? Afinal, assuntos como racismo, abuso, maus-tratos, morte, guerra, tristeza, fome, entre outros, sempre geram mal-estar, polêmica e até reclamações. Melhor não.

Só que, como disse alguma vez José Saramago, Prêmio Nobel da Literatura em Língua Portuguesa, a criança cresce mais à sombra que ao sol. Porque criança é ser-humano. E porque não podemos proteger as crianças de tudo o tempo todo. E elas são tão capazes! Capazes de pensar, capazes de imaginar e capazes de se colocar, por exemplo, no lugar de um personagem de uma história que está sofrendo por alguma razão e sofrer junto com ele, vivendo essa experiência ficcionalmente e já se fortalecendo para quando precisar encarar seus próprios sofrimentos.

Muitas conversas interessantes podem surgir a partir de livros com temas “da vida”, como acho mais interessante nomear. Que tal escolher o livro O mundo de Camila e se preparar para bater um papo muito bacana sobre diferentes religiões que existem, ou sobre as diferenças nas configurações familiares hoje em dia? Ou sobre o sentimento do vizinho da Camila que perdeu a mãe em um acidente de carro, quando voltava com o marido de uma festa?
Crianças

Ou talvez o livro A raça perfeita para pesquisar sobre o assunto e depois conversar
sobre ética e ciência?

Crianças

Ou ainda, que tal ler o livro Paulina (a menina que viu o pai fazendo a mala para ir embora) para saber como anda a rotina na casa de cada criança?

Crianças

Que neste mês de outubro possamos dar um passo a mais em direção às verdadeiras crianças com quem convivemos em casa e na sala de aula. Elas merecem!

Por Annete Baldi

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