Perfil dos leitores no Brasil está abaixo da expectativa
Diversas pesquisas têm mostrado que o perfil dos leitores no Brasil ainda está muito abaixo do esperado, em comparação aos países desenvolvidos. Isso deveria mobilizar o país a modificar as atuais práticas de ensino da leitura, que pouco vêm contribuindo para a formação de leitores.
O hábito da leitura é fundamental para o desenvolvimento dos estudantes em quaisquer áreas do conhecimento. Ferramenta básica para a participação produtiva na vida em sociedade, a leitura colabora diretamente para a melhoria dos níveis educacionais. Sendo o Brasil um país de analfabetos funcionais, que mesmo decodificando um texto pouco compreendem o que foi lido, a leitura precisaria ser foco primeiro de investimento na educação de nossas crianças e jovens.
Os leitores no Brasil
Segundo relatório do Banco Mundial recentemente divulgado (fevereiro de 2018), o Brasil ainda irá demorar 260 anos para atingir o nível de leitura dos países desenvolvidos. Essa estimativa é realizada com base na análise do desempenho dos estudantes brasileiros no Pisa, uma avaliação internacional feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE).
A Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2015) revelou que, dentre a população brasileira com 5 anos ou mais, 56% são leitores – o que significa ter lido pelo menos um livro nos últimos três meses. A mesma pesquisa mostrou que 25% têm o “gosto” como principal motivação para a leitura, seguido pela “atualização cultural e conhecimento geral” (19%).
Apesar de 77% dos entrevistados terem dito que gostariam de ter lido mais, os dados revelam que a leitura está longe de ser um hábito entre a população brasileira. Poucos são os que dedicam seu tempo livre à leitura de jornais, revistas, notícias ou livros em papel e digitais. A grande maioria (73%) passa o tempo livre assistindo à televisão.
O que pode ser feito
Segundo os estudos do Manco Mundial, a questão dos baixos níveis de leitura no Brasil está ligada a problemas que envolvem políticas educacionais, formação de professores e estrutura das escolas.
Um dado interessante revelado pela Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2015) é que, para as faixas etárias correspondentes aos ciclos de escolarização básica, as “dicas dos professores” são o que mais influencia os alunos a lerem. Atividades em sala de aula pensadas para incentivar a leitura, com a utilização de diferentes recursos didáticos – textos impressos e digitais – podem exercer um papel chave no formação de novos leitores.
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