Conheça mais sobre como a seleção e a análise de evidências qualificam a dinâmica dos Conselhos de Classe

Um dos momentos mais importantes da gestão pedagógica é quando a equipe docente se reúne para avaliar o progresso dos estudantes. Trata-se de um ritual que geralmente ocorre a cada dois ou três meses nas escolas, mobilizando tempos específicos e toda uma rotina que pode envolver desde a análise de materiais produzidos pelos estudantes até o simples compartilhamento de seus resultados.

A organização dos Conselhos de Classe espelha a forma como cada escola entende a educação e, mais particularmente, como concebe o valor da avaliação nos processos de ensino e de aprendizagem. Há aquelas, bastante raras, que dedicam tempo e empenho à reflexão, não apenas para avaliar os estudantes, mas também para analisar o impacto da docência nesses resultados. Há escolas – a grande maioria – que fazem do Conselho de Classe apenas um ritual burocrático, em que notas, conceitos ou pareceres dos alunos são anunciados e registrados legalmente, sem o compartilhamento das análises feitas e sem que sejam definidas, em conjunto, as novas expectativas de aprendizagem e as estratégias para que essas sejam atingidas. 

Foto de crianças e professor em sala de aula apresentando relatório

Conselho de Classe: processo burocrático ou espaço de reflexão?

Vêm da lógica industrial as práticas que tornam o espaço escolar uma mera justaposição de procedimentos burocráticos: controle da chamada, apresentação de conteúdos, aplicação de exercícios, realização de trabalhos avaliativos e emissão de boletins de desempenho dos estudantes. Nessa perspectiva, o Conselho de Classe nada mais é do que uma ponte entre as notas obtidas pelos alunos e os documentos legais emitidos pela secretaria escolar. Pouco ou quase nenhum tempo é dedicado à análise do que foi planejado e desenvolvido em aula, à receptividade dos estudantes, à verificação da evolução da turma como um todo e menos ainda à (re)definição dos objetivos para o período seguinte.

Já as escolas que entendem o Conselho de Classe como um instrumento de qualificação das práticas educacionais acabam por dedicar tempo à reflexão coletiva sobre as evidências de aprendizagem. Se, por exemplo, o propósito foi que os estudantes se qualificassem como leitores, no Conselho de Classe serão demonstrados os índices de leitura da turma:  tempo médio dedicado aos livros, número de obras lidas no período ou ainda a qualidade das habilidades de leitura do grupo. No entanto, para ser viável e efetiva uma dinâmica de trabalho assim constituída, é fundamental que professores e gestores contem com o apoio de tecnologias educacionais. Com elas, é possível identificar mais facilmente as dificuldades e os progressos de cada estudante em comparação com a evolução de toda a turma e com as expectativas de aprendizagem definidas no currículo.

Com o uso dessas novas tecnologias, é possível visualizar indicadores da evolução de indivíduos e de grupos, entender melhor o que estimula e o que trava as aprendizagens, para então oferecer aos estudantes diferentes desafios, sempre na perspectiva do respeito à diversidade de ritmos e de estilos de aprendizagem. Por meio da análise dos relatórios fornecidos por essas tecnologias, é possível acompanhar as evidências de aprendizagem ao longo de todo o processo, evitando-se assim a mera constatação de resultados a cada final de bimestre ou trimestre letivo.

Há, sem dúvida, muitas formas de qualificar as atuais dinâmicas de Conselho de Classe, e essas mudanças começam quando a escola revê o significado desse importante encontro de professores e gestores educacionais.

E se o Conselho de Classe fosse diferente?
Em vez de vir apenas com uma planilha com o registro de notas ou conceitos, o professor traria relatórios com as evidências de aprendizagem de seus estudantes. Com seus pares e/ou com seu gestor, analisaria essas evidências e indicaria o quanto essas aprendizagens estão próximas ou distantes das expectativas. Na sequência, com a colaboração de colegas ou orientadores, verificaria a efetividade do que foi planejado e desenvolvido naquele período letivo e, considerando os resultados atingidos até o momento, definiria em conjunto as novas expectativas e as estratégias a serem adotadas para garantir as aprendizagens pretendidas.

Um Conselho de Classe que se institua mais como um momento de reflexão docente do que de apresentação dos desempenhos discentes concorre para mudar a dinâmica na escola toda. Para tanto, é preciso tomar a decisão de mudar, de sair da lógica da repetição industrial, para assumir a inovação como perspectiva. 

Se queremos formar alunos questionadores, inventivos e protagonistas, devemos começar por nós mesmos – e uma nova dinâmica de Conselho de Classe é um instrumento e tanto para nos qualificarmos como profissionais da educação.

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