Dia Nacional da Língua Portuguesa
Por: Elaine Maritza – Editora da Plataforma Elefante Letrado

Em 2019, o dia 5 de novembro foi instituído pela Unesco como Dia Mundial da Língua Portuguesa. Dia Mundial porque o Português não é falado apenas no Brasil, há outros países que falam essa língua: Portugal, é claro, alguns países de África e, por incrível que pareça, uma região da China tem o português como idioma oficial.

Assim como outras datas comemorativas, mais do que para ser comemorado, o dia deve servir para pensar sobre esse patrimônio imaterial que é a língua de um povo, pensar que a língua é viva e deve ser celebrada por aquilo que ela é capaz de manifestar: a cultura, a música, a arte, o pensamento, a história. 

Caetano Veloso, numa canção que se chama Língua, diz “Minha Pátria é minha língua” e, a partir desse verso, podemos pensar na sensação tão importante de pertencimento que a língua traz. Em um país do tamanho do Brasil, com tantos sotaques e culturas diferentes em cada região, a língua portuguesa é a mesma em todo o território, e sua importância é fundamental para que nos sintamos todos brasileiros, para que nos identifiquemos ou sejamos identificados como brasileiros. Um exemplo interessante é a sensação de estar em outro país e, de repente, ouvir alguém falando em português. Pode ser um desconhecido, mas a sensação imediata é de que estamos diante de um velho e grande amigo. Como diz Caetano, a pátria é a língua.

Como professora de Português, busquei desconstruir essa ideia corrente de que se ensina português na escola. Meu trabalho sempre foi pautado pela reflexão sobre a língua portuguesa, sobre as possibilidades de dizer, seja pela fala ou pela escrita, para informar ou para encantar. O objetivo deve ser instrumentalizar os estudantes para que sejam capazes de usar todos os recursos da língua.  E a forma mais eficaz de “ensinar português“ é apresentando aos estudantes os recursos que qualificam um texto e mostrando, por meio da leitura e da análise de textos de todos os gêneros, a importância de se apropriarem da gramática normativa para que possam fazer escolhas adequadas a cada situação linguística, respeitando-se as variantes e compreendendo a importância da gramática normativa como um conjunto de regras que estrutura a língua.

A língua e todo o seu potencial sempre me atraíram, principalmente pela literatura, essa arte construída com palavras. E essa paixão pela palavra esteve presente nas escolhas que fui fazendo ao longo da vida: decidi estudar Letras, me tornei professora de português e literatura e acabei me casando com um professor de português e escritor. As filhas não são professoras de português, mas escolheram profissões que têm a língua – a palavra – como elemento fundamental: Helena é psicóloga e Carolina é fonoaudióloga.

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